viernes, 11 de diciembre de 2015

COMO "ANCORAR" UM GINÁSIO COM A MODALIDADE CERTA

Nos últimos 15 anos pudemos assistir a um sem número de avanços e inovações no mundo do fitness. Fazendo uma retrospetiva e analisando, como empresário este período, posso afirmar com convicção que escolhi a “âncora” certa: o Spinning®. No entanto, outro programa/modalidade poderia ter sido escolhido, bastaria, para isso, ter criado o modelo.

A satisfação é, por isso, a palavra-chave que escolhi para o meu modelo de retenção, onde a constância de experiências positivas _ superação pela criação de laços fortes e pequenos detalhes que permitem a diferença e que desvalorizam a migração para outros modelos_ constrói a percepção de qualidade do cliente e fideliza-o a um programa e a um clube, criando uma coesa comunidade em franco crescimento.

Possuímos as ferramentas certas e profissionais aptos, disponíveis para colocar em prática o know how inerente aos modelos propostos.

A chave para manter e conquistar o cliente está em criar na mente das pessoas uma experiência de satisfação. Ao instrutor compete-lhe completar a imagem incompleta que o cliente tem na sua mente e fazê-lo criar um relacionamento, gerando uma satisfação que permita superar expectativas.

O programa de Spinning® é disso um excelente exemplo, que gostaria de referir por cumprir todos os requisitos, do ponto de vista das ferramentas necessárias e evolução permanente.
O programa pioneiro do ciclismo indoor tem como premissa essencial a prática de exercício consciente, personalizado e adaptado, de forma a potenciar as três áreas fundamentais do treino: componente física, técnica e mental.

É um programa que facilita a proximidade, virado para as pessoas. Um programa de pessoas para pessoas.
Quem é o nosso cliente? O que pretende? Quem é o grande influenciador?
Envolvendo o cliente no programa, a partir dos diferenciais oferecidos, o instrutor pode cativar o cliente de uma maneira emocional.

No entanto, este fenómeno assenta numa estrutura que tem por base a qualificação dos profissionais - formação inicial e contínua, com mais de 140 cursos de especialização - e um modelo. A emoção, gerada pela aplicação do conhecimento no momento certo ao público-alvo, depende única e simplesmente da capacidade de pôr em prática o programa, criando um desafio ajustado às necessidades de cada um dos alunos que tem na sua frente.

São usadas ferramentas, das mais simples às mais complexas, tendo em vista um público diversificado (Fase I, iniciado; Fase II, médio; Fase III, avançado) e são criados objetivos, em contexto individual e de grupo.

Por outro lado, gostamos de referir que o sucesso deste modelo deve-se ao pormenor, ao detalhe. Passo a explicar: um programa que, à partida, tem a complexidade inerente à ciência que lhe serve de suporte é transformado em algo acessível e simples de utilizar pelo aluno. 

A partir do momento em que é conhecido o histórico do cliente, é feita a prescrição do treino, de forma psicossomática (expressão da união psicofísica) ou seja, estabelece-se a componente física, técnica e mental, adaptada às suas capacidades.

Pretende-se, deste modo, que o cliente, ao tomar contacto com o programa, realize a tarefa adaptada à sua aptidão inicial, sentindo-a como uma experiência positiva. O objetivo do aluno deve ser ajustado às suas capacidades e equilibrado, permitindo-lhe despertar emoções e sensações positivas.

Recapitulando, se o programa não estiver alinhado com as capacidades físicas, técnicas e mentais do aluno e for dado um desafio desajustado, poderão obter-se dois resultados: monotonia_ o desafio lançado ficou abaixo das capacidades; ou frustração_ o desafio lançado estava acima das capacidades. Em resumo, é fundamental que o programa esteja alinhado com as capacidades físicas, técnicas e mentais do utente.

Assim, o equilíbrio assenta no «acessório», porque aquilo que parece ser um acessório torna-se essencial. 

Como referido anteriormente, no contexto colectivo, a criação de desafios de grupo, uma vez no mês, concretizados numa aula com duração mais longa, com intensidade adaptada à condição física do aluno, em regime aeróbio_ as Long Journey _ e ainda os Race Day, realizados de dois em dois meses (treino de alta intensidade_ um convite ao teste das competências adquiridas) têm com objetivo estimular o empenho e envolvimento do participante. O culminar deste tipo de atuações é, por norma, um evento anual, que poderá realizar-se dentro do clube, a nível regional ou até mesmo nacional, e pretende promover a sociabilização. A formação em equipas pelos sócios e a partilha da bicicleta, irá implica uma maior interação entre si e o desenvolvimento da sociabilização em grupo.

Em suma, podemos deduzir que a premissa básica para a retenção está na satisfação do cliente. A satisfação é, por isso, a palavra-chave que escolhi para o meu modelo de retenção, onde a constância de experiências positivas _ superação pela criação de laços fortes e pequenos detalhes que permitem a diferença e que desvalorizam a migração para outros modelos_ constrói a perceção de qualidade do cliente e fideliza-o a um programa e a um clube, criando uma coesa comunidade em franco crescimento.

Dino Pedras

 
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