viernes, 17 de abril de 2015

AGAP / PASSADO – PRESENTE – FUTURO

No passado dia 22 de Outubro 2014 a AGAP completou 15 anos de vida o que é uma idade interessante em contraste com uma sociedade em que o associativismo nunca foi uma tendência duradoura.


No passado, em Portugal praticamente o associativismo centrava-se no futebol, no hóquei em patins, algumas associações de ginástica ou de cultura física.

Numa sociedade bastante individualista não eram ponderadas as vantagens duma gestão colectiva e adequada aos interesses das modalidades desportivas e no seu reflexo para a saúde das pessoas e/ou para o sucesso dos respectivos ginásios e empresários, criando inúmeros postos de trabalho.

Felizmente que esse paradigma se alterou progressivamente e hoje a situação é bastante diferente: os empresários têm uma nova visão do associativismo, que favorece a formação técnica de todos aqueles que estão envolvidos seja em que modalidade for.

O associativismo permite avançar conjuntamente na busca de novas técnicas, novas modalidades, de novo marketing, de mais rápido sucesso dos negócios e de criatividade mais eficiente.

Realmente a AGAP deu o seu primeiro grito de existência em 22/10/1999, mas, como acontece com os humanos, a sua existência iniciou-se no “óvulo” chamado GIMNOCEDRO /FISINORCE.

Por isso mesmo convém ficar “registado” no livro da AGAP um pouco da sua história, para que possa ser conhecida por todos.

Já nos anos 80 existiam ginásios em Portugal, sobretudo ligados à ginástica e à cultura física geral. Principalmente no Porto e em Lisboa.

Em 1989 um grupo de pessoas ligado às actividades de ginásio começou a reunir-se e a debater a necessidade de se criar uma estrutura que apoiasse os empresários e as diversas modalidades.

Esse grupo de pessoas (Vítor Rodrigues, José Madeira, Rui Pereira, Victor Pombares, Brandão dos Santos, José Magalhães, António Caeiro, Laurinda Cardoso, José Duarte, Florentino, Ulisses Silva, José Guerreiro, José Azevedo, Paulo Viana, etc. (outros de que não lembro o nome) liderado por Manuel Moreira – Gimnocedro, decidiram constituir a Associação de Cultura Física do Norte e Centro de Portugal (FISINORCE) o que aconteceu oficialmente em 04/12/1990.

Durante vários anos a Fisinorce funcionou, tendo efectuado diversos seminários e eventos (Gimnocedro – Hotel Solverde – Villa Hostilina – etc) com sucesso.

Manuel Moreira era o Presidente da Fisinorce e os restantes órgãos sociais eram da responsabilidade de Vítor Rodrigues, Victor Pombares, Brandão dos Santos, Laurinda Cardoso, Francisco Magalhães, José Madeira e Rui Pereira.

O esforço e dedicação do Presidente Manuel Moreira foi notável quer como dirigente quer pelo apoio logístico e financeiro dado à Fisinorce.

Com a chegada a Portugal das diversas modalidades de Fitness (aeróbica / step / etc) trazidas e divulgadas pelo Professor André Manz (que fez no Gimnocedro uma das primeiras convenções) gerou-se um novo movimento que despoletou o aparecimento de muitos novos ginásios nas mais diversas zonas do País, e aumentou a oferta de novas modalidades nos ginásios já existentes.

Uma vez que a Fisinorce era uma Associação Regional, era fundamental que aparecesse uma Associação que abrangesse todo o país e aglutinasse de uma forma global todos os Ginásios.

Mais uma vez Manuel Moreira teve a sensibilidade e audácia de, conjuntamente com António Azevedo, Alcino Francisco, Rui Rios, Carlos Santos, Miguel Soares, Brandão dos Santos e Paulo Viana, criar a AGAP que se constituiu oficialmente em 22/10/1999.

Os Corpos Sociais funcionaram com Sede nas instalações do Gimnocedro de 1999 até 2006 e durante esses 7 anos houve muitas reuniões, contactos, acções de promoção etc..

Pela antevisão, coerência, audácia, trabalho, disponibilidade de tempo, apoio financeiro e liderança, na minha opinião já deveria ter sido dado a Manuel Moreira o estatuto de Presidente Honorário da AGAP. Mas mais vale tarde do que nunca. Integra, no entanto, o Conselho Consultivo desta Direcção da AGAP.

Entretanto, e mais uma vez, nas reuniões havidas na AGAP, foi discutida a vantagem de passar (temporariamente pelos menos) a Sede da AGAP para Lisboa, fiando assim mais próxima das Instituições do Poder Público e Legislativo, sobretudo tendo em conta as alterações legais que estavam a ser implantadas e que afectavam o funcionamento dos ginásios.

E foi assim que a AGAP transferiu a sua Sede para Lisboa, algo que custou a Manuel Moreira pela sua ligação afectiva mas, como é óbvio, para benefício da Agap, tendo então tomado posse uma nova direcção presidida pelo Prof. José Luís Costa e pela equipa: José Júlio Castro, Armando Moreira, Paulo Soares, António Sacavém, António Fiúza Fraga, que funcionou de 2006 até 2011.

Período de intensa actividade visando sobretudo a ampliação da massa associativa, de variadíssimas reuniões com o Poder Legislativo, actividades de formação de professores, empresários, criação de plataformas regionais, etc.

O trabalho do Presidente José Luís Costa, assessorado duma forma segura e criativa de Armando Moreira, foi essencial para o desenvolvimento da AGAP.

Em 2012 tomou posse uma nova Direcção liderada pelo José Júlio Vale Castro, jurista e ligado ao sector há 20 anos e cuja restante equipa é constituída por Armando Moreira, Pedro Ruiz, Ana Paula Almeida, Sofia Sousa, José Luís Costa, Carlos Azevedo e Ana Paulino e vários outros, que tem agora a responsabilidade de gerir a fase adulta da AGAP, inserida numa sociedade e País em situação bastante adversa.

Actualmente a AGAP “aglutina 1.000 associados, num mercado que deverá totalizar aproximadamente 1.300 ginásios privados”, o que é um patamar de excelência já que esses 1.000 empresários estão a prestar à população portuguesa um serviço de apoio à sua saúde (a todos os níveis) o que não se verifica da parte do governo que prefere manter o IVA dos ginásios a 23% e suportar o aumento progressivo do orçamento do ministério da Saúde, esquecendo que as actividades gímnicas evitam doenças, internamentos, uso de medicamentos em muitos casos, etc, etc.

Caberá à AGAP a luta necessária para uma mudança de paradigma institucional, e continuar a desenvolver as acções de formação, gestão, qualidade, etc, dos ginásios, seus empresários e professores, para que a actividade possa ser rentável e de sucesso para todos.

Cabe à AGAP actualmente aproximar-se mais do interior e Norte do País e seus ginásios, pois todos não somos demais para ajudar a mudar a mentalidade e hábitos dos portugueses de modo a que eles percebam que o valor que pagam aos ginásios é o seu melhor investimento para a sua saúde e sucesso pessoal.

Pelo menos uma Delegação da AGAP no Porto poderá ser muito importante.


Felicidades para a AGAP.

Joaquim Manuel Brandão dos Santos
 
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