viernes, 17 de abril de 2015

15 ANOS DA AGAP A OBRA É BOA QUANDO DURA PARA LÁ DE QUEM A CRIOU

15 ANOS DA AGAP, A obra é boa quando dura para lá de quem a criou


O ginásio daquele tempo.
Montar um ginásio, era quase uma brincadeira sob o ponto de vista legislativo. A legislação portuguesa era simplesmente omissa em relação a esta atividade num momento em que estávamos a escassos três anos de abrir em Portugal a primeira unidade da rede Holmes Place. 
Os ginásios podiam estar em garagens, salas de apartamentos ou lojas de grandes dimensões quando ao mesmo tempo, apareciam projetos de ginásios com piscinas com água do mar.
Particulares, empresas, hotéis e até mesmo municípios, faziam uma mancha de instalações em todo o País, sem que a Assembleia da República tivesse alguma preocupação com mais de um milhar de instalações em todo o território.
Visto desta forma, seria preocupante mas com a ausência de registos, ninguém, nem mesmo o legislador dava pelo volume de instalações existentes.
O tecido empresarial dos ginásios estava equiparado ao dos empresários do segmento têxtil dos anos 80. Apenas as Páginas Amarelas, de que falaremos mais à frente, dava conta da existência de uma atividade que envolvia meio milhão de pessoas a praticar desporto e mais de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
Os ginásios em Portugal viviam um perfeito absurdo. Só a classe política poderia permitir esta anarquia legislativa. A legislação laboral estava sujeita à Lei Geral sem qualquer tipo de negociação de Contratação Coletiva pese embora quase um milhão de pessoas estivesse envolvida.

A causa
Em causa, estava um processo disciplinar a um Professor de musculação que daria, em princípio, direito a despedimento com justa causa. Seria no entanto necessária informação para que, em Tribunal de Trabalho, o ginásio não fosse penalizado.
Neste meio tempo, começa a procura pela informação e na consequência, a associação do sector.
Dezenas de telefonemas depois, a procura mostrava-se nula.
Iniciou-se a pesquisa através do contacto aos ginásios mais antigos através do conhecimento empírico. Os ginásios mais antigos foram então contatados no sentido de poderem informar a existência da Associação do sector.
Do outro lado do telefone, risos, criticas, rezas mas sobretudo ignorâncias. Estava dado o tiro de partida e escrita a primeira letra do nome AGAP.

O jantar de Gaia
Foi a fome que deu fartura.
Com mais de mil ginásios em Portugal, era necessário estar prevenido para uma grande adesão. Sem conhecimento de quantos poderiam aderir, era imperioso encontrar um espaço que se pudesse adaptar e que pudesse disponibilizar várias capacidades.
No lote das ofertas, a sala maior poderia suportar cerca de mil pessoas e mais pequena, cerca de 50. Na verdade, para dar alguma intimidade ao espaço, foi necessário recorrer a biombos. Presentes, pouco mais de uma dezena de empresários.
Explicada a situação, as necessidades e o panorama descrito acima, torna-se agora necessário o desafio. Criar uma AGAP.
Apesar de haver apenas uma ideia e várias necessidades, era preciso encontrar o SIM. Este, chegou pela boca de Manuel Moreira do Gimnocedro, que com esta atitude credibilizou o projeto. Não falamos aqui de quem esteve presente para evitar esquecimentos já que vão decorridos 15 anos e apenas a memória escreve este trabalho.

A reunião de Gaia
Sem local para reunir, o recurso teriam que ser as instalações dos próprios ginásios e foi agendada a reunião seguinte. Agora sim, mesmo esquecendo nomes que a memória esconde, vamos falar das cidades dos ginásios que se envolveram: Valongo, Gaia, Lamego, S. João da Madeira, Porto, Gondomar, Paços de Ferreira, Guimarães. 
E as desculpas pela traição da memória mas estes são os presentes, 15 anos depois do esquecimento. Sem nomes porque aqui, não contam os nomes mas sim o futuro que agora acontecia.

A reunião de Lamego
Seria das mais importantes reuniões de todo o processo já que os intervenientes tiveram que partilhar o fim de semana numa casa de Turismo Rural, onde também havia um ginásio.
A mesa, sempre foi a aproximação dos portugueses e foi na mesa que foi escolhido o logotipo da AGAP que dura até hoje. A escolha, não foi pacífica mas foi divertida.
Entre abrir ou fechar ficou decidido fechar a ideia em si mesma e depois cantou-se o fado. A reunião de Lamego mostrou a todos e cada um, que os empresários da atividade estavam dispostos a levantar a sua voz e a mostrar a sua relevância na sociedade portuguesa numa época em que a União Europeia investia milhares de milhões de euros nas atividades empresariais mas nenhum cêntimo numa atividade que envolvia mais de um milhão de pessoas.
Pela ausência legislativa os ginásios não tinham apenas a negociação coletiva no Ministério do Trabalho como não tinham uma linha específica de apoios financeiros à atividade, com uma clara exceção das câmaras municipais que se mostravam um concorrente privilegiado ao arrepio do investimento privado. Para se ter uma ideia, era como se houvesse padarias ou supermercados privados e municipais e só as câmaras municipais tivessem direito a apoios financeiros. Os apoios aos ginásios dependiam apenas dos regimes gerais da criação de postos de trabalho e da constituição de empresas.
Por outras palavras, ter professores contratados em regime de part-time não estavam considerados no investimento nem eram considerados como criação de postos de trabalho indiretos. A única rúbrica que ia valendo era o imobilizado que durava o primeiro impacto em termos fiscais.
Do outro lado da "barricada" fiscal, o IVA apertava o pescoço das empresas e o esforço de admissão de um novo utente limitava a capacidade dos ginásios poderem renovar o seu parque de equipamentos, na mesma velocidade em que o mercado criava novas modalidades e novas estratégias de comunicação. Os ginásios estavam perante a típica "pescadinha de rabo na boca" e muitas empresas, pensavam duas vezes antes de admitir um novo cliente nas instalações. Tudo funcionava ao cêntimo e Lamego, registou a ata da reunião.
Estava criado nome, estava criado o logotipo, estavam descobertas as razões.
Era a hora de agir.

Périplo Nacional
A primeira tarefa estava criada. Copiar as Páginas Amarelas pelo teclado de um computador. Uma pessoa (Margarida Moreira) teve essa tarefa. Seria agora necessário "teclar as Páginas Amarelas por região.
Apenas as que tinham website (muito poucas) davam a oportunidade de entrar numa base de dados de endereços de email. Várias semanas depois, estava criada a primeira base de dados da AGAP por região.
Foi então decidido fazer um "tour" nacional e convidar os ginásios de cada região a comparecer no hotel previamente agendado. Graças ao investimento antecipado do Manuel Moreira, a manobra foi possível.
Vila Real de Trás os Montes, Porto, Coimbra, Lisboa, Évora, Faro.
Foram os pontos escolhidos. A adesão foi fraca. Muito fraca. Os empresários pareciam pouco interessados em lutar pelos seus interesses.
No quarto de hotel, as Páginas Amarela locais, convidavam por telefone cada ginásio a estar presente. Muito poucos deram a sua presença mas o trabalho feito haveria de dar resultados. Os resultados que hoje estão no volume de associados da AGAP. Os poucos que aceitaram o convite tornaram-se AGAP.

1º Encontro Nacional
O departamento jurídico, estava já a cargo de Freitas Gomes, o mesmo advogado que defendia os interesses do segmento têxtil, numa época em que Portugal ainda tinha uma grande dependência deste setor de atividade.
A base de dados estava construída e estavam localizados os empresários que no território nacional tinham manifestado interesse em encontrar soluções. O passo seguinte seria reunir todos os interessados e o local escolhido foi Famalicão, onde compareceram mais de meia centena de empresários no espaço Rauliana.
Aos pedidos para acabar com os ginásios que não tinham condições para funcionar, somaram-se os pedidos para ajudar estes mesmos ginásios a criar condições para poderem sobreviver. Muitos deles permanecem a trabalhar até aos dias de hoje.
Deste 1º Encontro Nacional da AGAP que procurava soluções, haveriam de sobrar problemas.

Os divisionismos
A AGAP estava já a construir o seu "network" com as instituições oficiais e o Ministério do Trabalho estava prestes a reconhecer a associação como representativa do setor. Os ginásios de Portugal olhavam desconfiados para a única solução disponível e esse movimento começava a chamar as atenções dos corredores do poder. Tarde ou cedo, o pendor da guilhotina estava prestes a ser largado.
A atenção sobre o movimento tornava-se mais ativa a cada dia e só os envolvidos permaneciam imunes.
Multiplicavam-se as reuniões em Lisboa com a Administração Pública e as reuniões entre os intervenientes internos, ganharam um calendário semanal.
À boa moda portuguesa tinha começado a "feira das vaidades". Todos queriam estar presentes nas reuniões oficiais embora muitos ficassem distantes das reuniões de trabalho. Assim se abriram as primeiras brechas numa equipa que tinha conseguido o objetivo e que agora, era atacada a partir de dentro. Era preciso ajuda.
Freitas Gomes, o advogado do setor têxtil, um dos maiores setores da época, dá as suas recomendações para que se evite o fracionamento da associação. A estratégia passava por fazer tudo para que todos ficassem juntos. A solução passava pelo registo internacional da AGAP para fechar portas a novos registos. A Europa era agora o alvo.
Mau demais para ser verdade, também a Europa tinha falta de uma estrutura que pudesse suportar a unidade do setor dos ginásios e começou tudo outra vez.
Contatos, bases de dados, projetos de raiz.

A questão do IVA
Uma das maiores preocupações a discutir com a Administração era sem dúvida, a questão do IVA. A generalidade dos empresários sabia o valor que pagava a cada trimestre mas desconhecia as questões técnicas em relação às questões do IVA e à amortização do imobilizado. Tudo dependia da capacidade de cada contabilista e da capacidade que cada ginásio tinha em discutir com o seu próprio contabilista a questão fiscal. A questão passava pela Formação empresarial.
Do outro lado da barricada fiscal, o facto de o recibo do ginásio não ter qualquer influência fiscal para o utente, ao mesmo tempo que se lutava para que o a frequência do ginásio pudesse passar fazer parte do receituário clínico.

Ginásio versus Ministério da Saúde
A montante, os ginásios partilham os fornecedores de equipamento com as clínicas de fisioterapia e pese embora esta proximidade, até aos dias de hoje, não foi ainda possível encontrar um espaço comum entre a atividade comercial dos ginásios e o ambiente da saúde em termos fiscais. Entre a fundação da AGAP e os dias de hoje, podemos até acusar um retrocesso já que os ginásios não utilizaram o seu capital político para o seu enquadramento fiscal legítimo. Aqui, a falha, por muito que doa, é mesmo da AGAP e dos ginásios e reconhecer os erros, é apenas aprender a preparar o futuro que se pretende fiscalmente mais saudável em favor das populações.
Mais cedo ou mais tarde, o investimento público municipal, uma das maiores manchas concorrenciais do setor privado, haveria de ser o principal aliado na redução da taxa de IVA que mais tarde haveria de ser perdido por duas razões.
A primeira, porque a crise se instala em Portugal e a segunda porque os ginásios, na sua totalidade, não entenderam que tinham uma oportunidade de criar um lobbie idêntico ao das farmácias. Este "gap" mantém -se até aos dias de hoje por diversas razões que deveriam ser ultrapassadas desde que a "feira das vaidades" fosse vencida.

O Decreto-lei
A Administração Pública, ao perceber o movimento dos ginásios na defesa dos seus interesses, decide promover o que antes nunca lhe tinha sido sugerido e legislou sobre a atividade. Neste contexto, fez publicar em Diário da República legislação destinada aos ginásios.
Na frente de batalha, a obrigatoriedade do Diretor Técnico, a declaração médica e o seguro do utente.
A questão relativa ao Diretor Técnico haveria de ser pacífica já que a generalidade dos ginásios tinham a preocupação de oferecer aos seus utentes a qualidade suficiente e na sua totalidade, os ginásios dispunham de pessoal qualificado enquadrado na legislação.
Na questão da qualidade dos serviços, os ginásios anteciparam-se e muito antes de o legislador exigir, já os ginásios de Portugal estavam a cumprir a Lei que em 2014, ainda não é imposta no Reino Unido.
Já a declaração médica, haveria de levantar duvidas uma vez que não era entendível (e continua a não ser), a razão pela qual é necessária uma declaração médica para frequentar um ginásio com Direção Técnica especializada, em instalações com equipamento certificado pela norma ISO, podendo no entanto praticar qualquer tipo de desporto em espaços públicos ou em equipamentos autárquicos sem a mesma obrigação.
Já a questão do seguro dos utentes, acabaria por se revelar a âncora da AGAP em termos financeiros e surgem as negociações que acabariam por ser acordadas em Valongo para todos os ginásios envolvidos acabando esta regra legislativa por se tornar uma fonte de rendimento para os ginásios e o principal fundo de receitas da AGAP.


Se na questão do Diretor Técnico a solução estava criada antes de legislada, a declaração médica haveria de ser assunto a negociar nas calendas com a Administração Central.
Em relação ao seguro do utente, haveria que ver entre a "garrafa meio cheia ou a garrafa meio vazia" e foi decidido em Assembleia (e bem), ver a "garrafa meio cheia".
Estava encontrada mais uma fonte de receita para as empresas e uma garantia financeira para a AGAP que não conseguiria sustentar a sua existência apenas com as suas cotizações.
Neste tempo, Manuel Moreira, o primeiro Presidente, continuava a ser o garante único da estabilidade financeira da associação.
Acidentalmente, a publicação do Decreto-lei tinha constituído uma ameaça aos ginásios e fazia perigar alguns deles. Como é hábito nos portugueses, a desgraça uniu as pessoas e a AGAP ganhou aqui um novo fôlego.
O que a Administração Pública tinha tentado por força do Diário da República, estava agora a produzir o efeito contrário e mais ginásios se uniram na sua "colmeia".

A ruptura
Fruto dos divisionismos descritos acima, havia a necessidade de se encontrar um ponto de união e como não existia uma associação europeia, seria Portugal a dar o primeiro passo.
Depois de localizada a associação de Espanha, haveria de ser através de um ginásio de Paços de Ferreira que seria descoberta a associação da Alemanha e através desta, a do Reino Unido, da Grécia, Suíça e Bélgica.
Ao mesmo tempo, uma empresa brasileira, organizava na FIL a primeira feira de Fitness, enquanto a AGAP, descobria nos Estados Unidos, um português que se afirmava como um génio nas questões do Fitness.
A AGAP envia os convites e aloja todos os seus convidados num hotel da Costa da Caparica e durante a primeira feira de Fitness na FIL, dá-se o segundo Encontro Nacional da AGAP e o primeiro Encontro Europeu, que haveria de dar origem ao documento European Fitness Centre's Association.
Seria através deste documento que a paz voltaria à AGAP já que as divisões estavam agora concentradas na construção de um projeto europeu. Antes dividida, a AGAP estava agora mais unida do que nunca na frente de um movimento internacional.
Portugal, pela mão da AGAP, estava ao leme dos destinos da atividade dos ginásios em toda a União Europeia.

2º Encontro europeu
No ano seguinte, incluída na maior feira de Fitness da Europa, a AGAP seria convidada para dirigir o segundo Encontro Europeu de Ginásios na cidade de Essen na Alemanha, onde se fez representar com três elementos, a maior representação internacional no evento. Manuel Moreira (Gimnocedro), Alcino Francisco (Megafit) e Miguel Soares (Total Fitness), haveriam de ditar as regras do jogo que deixaram de fora alguns dos maiores produtores mundiais de suplementos alimentares e equipamentos que insistiam em participar sem direito a voto.
Com mais de dez países europeus a participar, seria Portugal a impor as regras do jogo definindo que apesar de não ser secreta, a reunião era discreta e que o importante era chegar ao Parlamento Europeu. Estava construído um lobbie que a AGAP perdeu já que no contexto europeu, se perdeu tudo o que se poderia ter ganho.

Morrer para renascer
Com a evolução da sua atividade, a AGAP acabou por absorver elementos que antes estavam no painel legislativo a fazer lembrar ministros que abandonam o Governo para integrar as empresas com quem antes negociaram. A AGAP, no contexto da política nacional, terá encontrado o seu caminho pese embora seja Portugal que ainda o procura.
Para novas políticas é sempre necessário novas pessoas na política. Na certeza porém, se a função primeira de uma mulher é dar à luz, a função primeira de uma associação, é fazer política.
"A obra é boa quando dura para lá de quem a criou" (Pde Vicente - Porto - 1995).

Passado, presente e futuro
O grande problema dos ginásios continua porém a persistir na descoberta do processo de fidelização dos seus utentes. A estratégia urge em descobrir mecanismos de manutenção das inscrições numa luta contra as desistências e, aqui, é de crer que os empresários possam pensar em recorrer aos especialistas na área da comunicação. Se na média final os ginásios conseguirem que os seus utentes se mantenham por mais uma mensalidade, está encontrado o caminho para aumentar o volume de faturação dos ginásios. Se o caminho para mais uma mensalidade por utente estiver encontrado, estará também encontrado o caminho para aumentar o fluxo em mais duas mensalidades. Três, quatro e até onde o esforço do ginásio e do utente consiga ir.
A pergunta que fica é a mesma de sempre. Como manter o utente no ginásio por mais tempo? A resposta, invariavelmente, é a mesma: Através de resultados.
A questão está em comunicar com o utente sobre os resultados atingidos. Sem preguiça e com uma grande dose de consciência e aqui, as teorias do coaching podem bem ser apresentadas como a porta de acesso para que cada utente, multiplique o número de meses que permanece no ginásio.
O passado ficou contado em traços gerais. Do presente, podemos apenas aplaudir e do futuro, pode-se fazer mais do que tudo junto.
Para um povo que foi capaz de negociar a divisão do Mundo, exige-se que Portugal possa agora encontrar as suas próprias soluções.
Utopia?
Utopia era descobrir o Mundo e isso foi possível. A AGAP, está desafiada a entrar na "caravela" fitness e se não descobrir o Mundo, pode, no mínimo, negociar a Europa. Faz-se caminho caminhando.
Alcino Francisco
Fundador da AGAP

  • Jornalista desde 1982. Fundou a revista Stampare em 1985, época em que se estreia na Rádio Fundação e funda a revista Infantar em 1995.
  • Em 1994 investe no segmento dos ginásios em Matosinhos e 18 meses mais tarde, repete a aventura em Valongo, onde permaneceria seis anos, antes de abandonar a atividade e regressar ao jornalismo. Foi o associado numero 1 da AGAP nos seus registos e atas.
  • Entra no Grupo 1º de Janeiro no Jornal Motor em 2002, para seguidamente se tornar assessor da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção. Em Portugal, haveria ainda de representar as feiras de Luanda, Alimentícia e Constrói Angola.
  • Em 2007, passa a residir em Londres onde se mantém como editor do jornal Palop News.
 
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