Fala-nos um pouco da marca PUMP: em que ano surgiu, que objetivos tem e o que a distingue da concorrência?
R: O Pump Fitness Spirit foi fundado em 2011 por dois sócios: eu e o Pedro Molar. Tínhamos como desejo criar um local moderno e de qualidade para treinar com condições flexíveis, democratizando o acesso à prática de exercício físico e conseguimos!
O Pump diferencia-se por proporcionar um serviço personalizado. Ao contrário de muitos operadores neste segmento não optámos por uma ótica de self-service, acreditamos num serviço “smart cost”, mas sem sacrificar o fator humano. Dispomos do serviço de receção que dá resposta rápida a todas as situações dos sócios, no ginásio temos uma equipa focada exclusivamente no apoio a quem está a treinar. Os clientes estão atentos a isso e o Pump foi a marca premiada pela Escolha do Consumidor para o ano de 2016, na categoria Ginásios Low Cost. É um prémio que muito nos orgulha no ano em que completamos 5 anos de existência.
Nós temos em pleno funcionamento sete localizações na grande Lisboa: Av. República, Parque das Nações, Alvalade, Amadora, Odivelas, Almada e Barreiro. O nosso objetivo é chegar às 10 unidades ainda este ano.
Nos últimos anos temos assistido a uma crescente proliferação de ginásios em Portugal e ao aumento da participação desportiva, sendo agora de 7,1%. Como perspetivas os próximos 3 anos e que papel o PUMP pretende assumir?
R: A crescente preocupação com a saúde e bem-estar reflete-se na procura por parte dos consumidores de um serviço mais completo.
O cliente está cada vez mais racional e procura a melhor relação qualidade preço, cabe a todos os operadores ir ao encontro da expectativa dos consumidores. Acho que o mercado vai continuar a crescer nos próximos 3 anos e o Pump vai continuar também a fazer a sua expansão. Acima de tudo temos tido a capacidade de alargar o universo global de clientes de fitness, fazemos parte desta mudança e orgulhamo-nos de contribuir para o aumento da prática de exercício físico em Portugal. Esperamos continuar a contribuir, durante muitos anos, e daqui a 3 anos ter 15 unidades Pump e 60.000 clientes felizes.
Os maiores operadores do mercado têm a sua “base de operações” na Grande Lisboa. Quais os motivos para esta concentração? O Pump pensa expandir para outras regiões?
R: Sobre os outros não sei. No que concerne ao Pump deve-se ao fato de sermos de Lisboa e de nos ser mais fácil controlar o crescimento da empresa numa fase inicial. Neste momento temos uma estrutura sólida que está preparada para fazer chegar o Pump a várias localizações de norte a sul do país. Esperamos estar na zona norte ainda este ano.
Hoje vemos alguns operadores internacionais a criarem sub-marcas e a entrar em novos segmentos de mercado, como as boutiques, boxes, estúdios, etc. O PUMP está atento e com intenções de explorar novos segmentos de mercado? Acreditas na rentabilidade destes novos conceitos?
R: Sim, estamos atentos. Para já não estamos a pensar criar uma marca individualizada para estes “nichos”, no entanto, trabalhamos com estas novidades nas nossas instalações dando a conhecer algumas, respondendo também a pedidos dos nossos clientes.
Acho que estes conceitos são rentáveis e têm potencial de crescimento. No entanto, estarão muito dependentes do entusiasmo e capacidade do instrutor em manter o interesse nessa atividade.
O que tens feito para preparar a marca para o “futuro”, em face desta revolução digital a que todos vivemos e que parece não dar tréguas às marcas que não acompanham?
R: Nós no Pump temos muito interesse em saber o que o cliente gosta ou pretende da marca. Nesse sentido trabalhamos de forma profissional as nossas redes sociais e fazemos inquéritos quadrimestrais para tentar ir de encontro às expectativas do cliente. Estamos também a estudar aplicações que possam melhorar o registo do treino dos nossos clientes e melhorar a interação com a marca.
Para além desta atenção ao que nos rodeia, não podemos descurar a qualidade de serviço no dia-a-dia, fazendo com que os nossos clientes tenham uma boa experiência connosco. Sem isso não há “digital” que faça o trabalho por nós.
Como gestor de uma marca que está no TOP5, quais os principais desafios internos da gestão de uma cadeia?
R: Tendo em conta que estamos em crescimento, o desafio é manter a equipa unida e motivada a entregar, de forma consistente, um excelente serviço ao cliente. Conseguindo isso teremos acesso a capital e poderemos continuar a escolher as melhores localizações.
O que gostarias de partilhar com os leitores da revista (atenta q são leitores profissionais)?
R: Num sector em que cerca de 90% das empresas são pequenas e médias, estamos felizes por fazer a nossa parte no que concerne ao investimento em novas aberturas, criando mais oportunidades de emprego a quem se licencia na área de Fitness e ajudando a levar a mais de 20.000 pessoas, hoje em dia, um produto cutting edge, de qualidade e acessível. A nossa área tem crescido de forma saudável em Portugal e podemos orgulhar-nos da evolução dos últimos 20 anos. Os profissionais da indústria do fitness em Portugal são muito qualificados e têm capacidades muito melhores do que pensam. Falta-nos, na minha opinião, uma maior cultura de partilha e uma capacidade para entregar de forma consistente em todos os momentos do negócio. Muitas vezes deveríamos ser mais corporativos e estabelecer alianças de forma a tornarmo-nos mais fortes.
DEODATO DO Ó
• Co-Fundador e Ceo da Cadeia Pump Fitness Spirit
• 15 anos de experiência em Management na área de Wellness e Fitness
CV
• Diretor-Geral na Teixeira Duarte Club L Health Clubs
• Diretor-Geral e responsável pela abertura do 7Spa Vilamoura, no Hilton Vilamoura, do grupo IMOCOM
• Professor Assistente no curso de Pós-Graduação em Operação e Gestão de Spas, na Universidade do Algarve
• Club Manager em diferentes unidades Holmes Place, na Grande Lisboa
• Pertence aos órgãos sociais da AGAP, como Vogal da Direção
• Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Pós-Graduação em Recursos Humanos