domingo, 18 de octubre de 2015

RECRUTAMENTO EM FITNESS: COMO FAZER A DIFERENÇA?

O recrutamento de profissionais do sector do fitness nunca esteve tão movimentado como no último ano. A expansão de algumas marcas nacionais como o Fitness Hut, Pump Spirit e Solinca e a entrada de novos players no mercado nacional como a Supera e o GO fit, aumentaram as oportunidades de empregabilidade dos profissionais do desporto e fitness. Mas a maior novidade não vem das cadeias de health clubs a operar em território nacional.

Desde meados de 2014 que cadeias internacionais de renome mundial começaram a recrutar em Portugal para os seus clubes situados na Europa, Médio Oriente e Ásia. Para ser preciso, o recrutamento de profissionais do fitness portugueses para trabalhar além fronteiras começou com uma cadeia nacional, o Vivafit, que devido à sua expansão, recrutou em Portugal para responder a necessidades nos diversos clubes espalhados pelo Médio Oriente e Ásia.

Desde o inicio de 2014 mais de 100 profissionais portugueses saíram do país para abraçar novas carreiras em marcas de renome internacional na área do fitness, viajando para países tão diferentes como Espanha, Inglaterra, Alemanha, Arabia Saudita, Bahrain, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Singapura e Índia, onde ocupam cargos técnicos e de gestão, quase sempre com interessantes progressões de carreira em pouco tempo.

Com todo este movimento na procura de recursos humanos, levantam-se duas questões:

• Como se destaca um empregador no meio de tantas ofertas de emprego?
• Como pode um profissional fazer a diferença no meio de tantos candidatos?
Como ter candidatos qualificados a concorrer às minhas ofertas de emprego?

A primeira coisa a fazer é definir exatamente qual o perfil do candidato que precisamos e os requisitos que procuramos nele, separando-os em requisitos obrigatórios e adicionais.
Um dos principais erros que se comete na elaboração de um anúncio de emprego está relacionado com o excesso ou falta de informação, resultando ambos os erros em menos candidaturas.

Quando se peca por pouca informação o anúncio perde clarividência, afastando candidatos por dúvidas na seriedade do anúncio, e quando se coloca informação excessiva reduzimos o número de candidaturas por sermos demasiado específicos. Nesse sentido, todos os anúncios de emprego devem ter a seguinte informação: cargo, descrição da função, qualificações e requisitos obrigatórios, experiência mínima, local de trabalho e condições gerais oferecidas pelo empregador.

Neste momento está a questionar-se porque não obtém os candidatos ideais para o seu clube mesmo fazendo os anúncios de emprego corretamente.
Isto leva-nos a um dos aspectos mais importantes para o sucesso de um processo de recrutamento: divulgar a oferta de emprego nos locais certos, fazendo chegar o anúncio ao perfil de candidatos que
quer recrutar. O objectivo de um processo de recrutamento é obter muitos candidatos dentro do perfil pretendido e não apenas muitos candidatos. Procure sempre divulgar o anúncio em locais onde vão os candidatos com o perfil que definiu, em vez de optar por divulgar em todos os jornais, portais e páginas de facebook. A capacidade de direcionar o seu anúncio para os candidatos certos fazer-lhe-à poupar tempo e dinheiro e, em simultâneo, obtém mais candidatos, mais qualificados.

Como posso fazer a diferença no meio de centenas de candidatos como eu?
Existem muitos factores que dependendo do perfil definido pelo empregador, fazem variar os pontos que são mais relevantes num candidato para que este seja recrutado, mas existem sempre três comuns a todas as ofertas: qualificações, experiência e motivação. Partindo do principio que o empregador define características mínimas em termos de qualificações e experiência (por exemplo, ser licenciado em ciências do desporto / pelo menos um ano de experiência), todos os candidatos vão partir do mesmo patamar de avaliação.
Isto coloca a motivação como um dos principais factores de diferenciação entre candidatos.

Claro que a formação adicional e mais anos de experiência pesam no momento de decidir a contratação de um profissional, mas a grande maioria dos clubes procura profissionais motivados, interessados em aprender e crescer dentro da empresa. O dilema de “dar para receber” aplica-se na perfeição nestas situações porque apenas funciona quando estamos motivados. A nossa disposição para investir e dar tudo por algo, apenas existe quando temos um objectivo pessoal ou profissional definido e estamos motivados e focados em alcançá-lo.

No fundo, aceitar um novo desafio resume-se à coragem que se tem para sair da zona de conforto. Isto não é uma provocação, mas sim um pedido de introspecção. Quais foram os desafios para os quais estava motivado e teve coragem de abraçar? E como correram? Aí tem a resposta mais uma vez: motivação.

A motivação define o sucesso de um processo de recrutamento, quer para o empregador quer para o candidato.
Mostrar a motivação do empregador em ter os melhores profissionais é equivalente à motivação que é necessário um candidato apresentar para ser selecionado.

Diretor Executivo da All United Sports

 
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