“É possível fazer uma aula grátis para experimentar?” ou “Vocês fazem descontos?” são as “frases low cost” tipicamente centradas nos preços e de quem procura numa Box um sítio como outro qualquer para treinar.
A complexidade dos movimentos funcionais, a variabilidade dos treinos e a constante adaptação e personalização dos serviços prestados implicam uma orientação competente e experiente. Nada compatível com o esquema “low cost”. Posto isto: como será uma Box de referência?
O Espaço Físico
É agradável, arejado e iluminado? Está arrumado e organizado? Limpo e cuidado? Tem escritos em boards ou paredes os treinos diários e respetivos resultados? Há zonas evidentes e distintas para treino e convívio? É comum a presença de cães... mas estarão numa zona demarcada ou passeiam-se por toda a Box? Apetece ficar mais algum tempo por ali ou antes sair à procura da próxima?
O Equipamento
“Uma Box que cuida e respeita os seus equipamentos é provavelmente uma Box que cuidará e respeitará os seus atletas!”
Apesar de para muitos principiantes não ser fácil distinguir equipamentos de melhor ou pior qualidade, devem sempre dar uma volta pela Box: é fácil identificar os equipamentos disponíveis? Existem em quantidade suficiente?
A Higiene
É, felizmente, um dos aspetos a que os portugueses são muito sensíveis. Uma Box é um espaço naturalmente “row” (cru), com magnésio espalhado por todo lado, t-shirts encharcadas perdidas pelo chão no final de cada treino e paredes marcadas. Mas sanitas, lavatórios e chuveiros pouco higiénicos será inadmissível.
A estrutura das aulas
São possíveis modelos e estruturas muito diferentes de Box para Box. No entanto, todas devem garantir (i) o processo de (re)aprendizagem dos padrões de movimento; (i) a segurança (iii), a evolução técnica (iv) e os resultados. Observar um treino/aula permite verificar: (a)como é que os treinadores orientam o treino (b) que opções/alternativas utilizam (c) se os atletas estão concentrados, focados e empenhados (d) se há equilíbrio entre o esforço e a diversão.
Quanto tempo de cada aula é dedicado à aprendizagem e prática dos padrões de movimentos (técnica)? Os treinadores estão mais ocupados com os atletas mais recentes ou com os já mais autónomos? O treino é orientado sem pressas nem atropelamentos e focado na qualidade dos seus movimentos?
As competências dos treinadores
É no staff que assenta toda a qualidade da Box. As certificações em CrossFit devem estar bem visíveis. Mas não garantem mais do que uma abordagem e estilo de vida. Os curricula de cada treinador devem estar devidamente publicados no website da Box, por exemplo. Formações base, onde estudaram e em que Universidades. Que experiência e percurso profissional têm. Onde já trabalharam e que funções e cargos desempenharam. Têm alguma reputação no mercado do fitness? Porque é que são instrutores de CrossFit? Queiram sempre saber quem são aquelas pessoas cujo impacto nas vossas vidas, garanto-vos, será imenso e surpreendente!
Iniciação ao CrossFit
Existe um programa de iniciação ao CrossFit? Os treinadores orientam todos os iniciados para a frequência deste programa? Acompanham os atletas na típica frustração dos insucessos antecedentes ao sucesso? Promovem a resiliência necessária aos objetivos atingidos? Os atletas têm consciência da sua evolução? Existe algum tipo de registo dos seus resultados?
Competição
A dimensão competitiva do CrossFit faz deste um programa único no mercado do Fitness e dá resposta a uma procura cada vez maior por parte de praticantes que querem dedicar-se a objetivos mais exigentes. Os atletas nestas condições têm já um elevado grau de autonomia e podem juntar-se aos treinos diários da Box, dedicar-se aos treinos de especialidade (Halterofilismo e Ginástica) e seguir uma programação mais exigente cujo focos central transvasa da saúde para a performance.
Mas estes são 1 a 2% dos atletas da Box. São indiscutivelmente motores e símbolos da coesão da comunidade, mas toda a dinâmica da Box deve focar-se em todos os membros da comunidade, sobretudo naqueles que maior acompanhamento exigem.
Controlo de lesões
As lesões acontecem e aquilo que distingue o bom do mau é muitas vezes a forma como se lida com elas. Apesar de tenderem a escassear nos atletas mais assíduos, que melhor comem e recuperam, não escapam aos nossos estilos de vida demasiado sedentários, tóxicos e stressantes. Por isso, muitas Boxes criam “redes” de profissionais de diversas áreas - nutrição, osteopatia, fisioterapia, reabilitação, medicina, etc. – que funcionam de apoio, quer ao atleta comum, quer aos atletas de competição.
A nutrição
Sendo o comportamento alimentar a base da qualidade de vida, a abordagem à nutrição deve ir além de dicas aleatórias, conversas de balneário e grupos de Facebook. Poucos meses de CrossFit e os comportamentos alimentares mudam, muitas vezes de forma radical. Sem grandes constrangimentos, sem passar fome e muitas vezes da forma mais divertida possível.
A Recuperação
Pode começar na alimentação e horas de sono, mas também em trabalho de mobilidade, por exemplo. Devem existir aulas desta natureza em horários nobres para que todos os atletas as possam frequentar com regularidade.
Estilo de Vida e longevidade
As aulas para crianças - CrossFit Kids – permitem trabalhar um dos fatores preditores da manutenção da prática regular de atividade física ao longo da vida: a partilha do treino entre pais e filhos.
Programas desenvolvidos com entidades vizinhas, como a juntas de freguesia, câmaras municipais e empresas privadas no âmbito da responsabilidade social. Arrastando assim “out of the Box” uma filosofia de vida mais saudável e muitas vezes bem mais feliz.
A Comunidade
Surge naturalmente de todos os pontos anteriores. Apesar de cada Box ser muito particular e especial, há uma Comunidade mais alargada que envolve todas as Boxes e todos aqueles que reconhecem no CrossFit um estilo de vida.
Posto isto, e para escolher a Box ideal para mim? Nada como olhar nos olhos dos seus treinadores, sentir confiança, segurança e empatia. Se experimentaram um treino e sentiram um ambiente inclusivo e acolhedor, então sejam muito felizes porque acabaram de entrar na Box certa! A vossa Box!
A complexidade dos movimentos funcionais, a variabilidade dos treinos e a constante adaptação e personalização dos serviços prestados implicam uma orientação competente e experiente. Nada compatível com o esquema “low cost”. Posto isto: como será uma Box de referência?
O Espaço Físico
É agradável, arejado e iluminado? Está arrumado e organizado? Limpo e cuidado? Tem escritos em boards ou paredes os treinos diários e respetivos resultados? Há zonas evidentes e distintas para treino e convívio? É comum a presença de cães... mas estarão numa zona demarcada ou passeiam-se por toda a Box? Apetece ficar mais algum tempo por ali ou antes sair à procura da próxima?
O Equipamento
“Uma Box que cuida e respeita os seus equipamentos é provavelmente uma Box que cuidará e respeitará os seus atletas!”
Apesar de para muitos principiantes não ser fácil distinguir equipamentos de melhor ou pior qualidade, devem sempre dar uma volta pela Box: é fácil identificar os equipamentos disponíveis? Existem em quantidade suficiente?
A Higiene
É, felizmente, um dos aspetos a que os portugueses são muito sensíveis. Uma Box é um espaço naturalmente “row” (cru), com magnésio espalhado por todo lado, t-shirts encharcadas perdidas pelo chão no final de cada treino e paredes marcadas. Mas sanitas, lavatórios e chuveiros pouco higiénicos será inadmissível.
A estrutura das aulas
São possíveis modelos e estruturas muito diferentes de Box para Box. No entanto, todas devem garantir (i) o processo de (re)aprendizagem dos padrões de movimento; (i) a segurança (iii), a evolução técnica (iv) e os resultados. Observar um treino/aula permite verificar: (a)como é que os treinadores orientam o treino (b) que opções/alternativas utilizam (c) se os atletas estão concentrados, focados e empenhados (d) se há equilíbrio entre o esforço e a diversão.
Quanto tempo de cada aula é dedicado à aprendizagem e prática dos padrões de movimentos (técnica)? Os treinadores estão mais ocupados com os atletas mais recentes ou com os já mais autónomos? O treino é orientado sem pressas nem atropelamentos e focado na qualidade dos seus movimentos?
As competências dos treinadores
É no staff que assenta toda a qualidade da Box. As certificações em CrossFit devem estar bem visíveis. Mas não garantem mais do que uma abordagem e estilo de vida. Os curricula de cada treinador devem estar devidamente publicados no website da Box, por exemplo. Formações base, onde estudaram e em que Universidades. Que experiência e percurso profissional têm. Onde já trabalharam e que funções e cargos desempenharam. Têm alguma reputação no mercado do fitness? Porque é que são instrutores de CrossFit? Queiram sempre saber quem são aquelas pessoas cujo impacto nas vossas vidas, garanto-vos, será imenso e surpreendente!
Iniciação ao CrossFit
Existe um programa de iniciação ao CrossFit? Os treinadores orientam todos os iniciados para a frequência deste programa? Acompanham os atletas na típica frustração dos insucessos antecedentes ao sucesso? Promovem a resiliência necessária aos objetivos atingidos? Os atletas têm consciência da sua evolução? Existe algum tipo de registo dos seus resultados?
Competição
A dimensão competitiva do CrossFit faz deste um programa único no mercado do Fitness e dá resposta a uma procura cada vez maior por parte de praticantes que querem dedicar-se a objetivos mais exigentes. Os atletas nestas condições têm já um elevado grau de autonomia e podem juntar-se aos treinos diários da Box, dedicar-se aos treinos de especialidade (Halterofilismo e Ginástica) e seguir uma programação mais exigente cujo focos central transvasa da saúde para a performance.
Mas estes são 1 a 2% dos atletas da Box. São indiscutivelmente motores e símbolos da coesão da comunidade, mas toda a dinâmica da Box deve focar-se em todos os membros da comunidade, sobretudo naqueles que maior acompanhamento exigem.
Controlo de lesões
As lesões acontecem e aquilo que distingue o bom do mau é muitas vezes a forma como se lida com elas. Apesar de tenderem a escassear nos atletas mais assíduos, que melhor comem e recuperam, não escapam aos nossos estilos de vida demasiado sedentários, tóxicos e stressantes. Por isso, muitas Boxes criam “redes” de profissionais de diversas áreas - nutrição, osteopatia, fisioterapia, reabilitação, medicina, etc. – que funcionam de apoio, quer ao atleta comum, quer aos atletas de competição.
A nutrição
Sendo o comportamento alimentar a base da qualidade de vida, a abordagem à nutrição deve ir além de dicas aleatórias, conversas de balneário e grupos de Facebook. Poucos meses de CrossFit e os comportamentos alimentares mudam, muitas vezes de forma radical. Sem grandes constrangimentos, sem passar fome e muitas vezes da forma mais divertida possível.
A Recuperação
Pode começar na alimentação e horas de sono, mas também em trabalho de mobilidade, por exemplo. Devem existir aulas desta natureza em horários nobres para que todos os atletas as possam frequentar com regularidade.
Estilo de Vida e longevidade
As aulas para crianças - CrossFit Kids – permitem trabalhar um dos fatores preditores da manutenção da prática regular de atividade física ao longo da vida: a partilha do treino entre pais e filhos.
Programas desenvolvidos com entidades vizinhas, como a juntas de freguesia, câmaras municipais e empresas privadas no âmbito da responsabilidade social. Arrastando assim “out of the Box” uma filosofia de vida mais saudável e muitas vezes bem mais feliz.
A Comunidade
Surge naturalmente de todos os pontos anteriores. Apesar de cada Box ser muito particular e especial, há uma Comunidade mais alargada que envolve todas as Boxes e todos aqueles que reconhecem no CrossFit um estilo de vida.
Posto isto, e para escolher a Box ideal para mim? Nada como olhar nos olhos dos seus treinadores, sentir confiança, segurança e empatia. Se experimentaram um treino e sentiram um ambiente inclusivo e acolhedor, então sejam muito felizes porque acabaram de entrar na Box certa! A vossa Box!
Leonor Madeira